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Cover of Filosofía del budismo Zen

Filosofía del budismo Zen

by Byung-Chul Han

18 popular highlights from this book

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Key Insights & Memorable Quotes

Below are the most popular and impactful highlights and quotes from Filosofía del budismo Zen:

“Sabemos que también para Nietzsche reír es una expresión de libertad. Él se «libera riendo», con la risa deshace toda coacción. Y con la risa Zaratustra se quita del medio a Dios: Desgarra al dios en el hombre, como a la oveja en el hombre, y desgarrando reír –¡esa, esa es toda tu felicidad!”
“Hojas de flor flotan al viento. Con cada una envejece la rama del ciruelo. BUSON”
“Certamente, o espírito zen-budista é oposto ao espírito hegeliano, cujo traço fundamental é a interioridade. A prática zen-budista é a tentativa de des-interiorizar o espírito, sem, todavia, afundá-lo ou invertê-lo em um mero “fora”, ou esvaziá-lo em um “invólucro vegetável”. O espírito deve ser es-vaziado em uma vigília e recolhimento sem interioridade. O satori caracteriza o estado do espírito que, por assim dizer, floresce, floresce para além de si, que, por assim dizer, passa inteiramente na luz e no esplendor de cores. O espírito iluminado é a árvore florescente. O satori é o outro da “mesmidade”, o outro da “interioridade”, o que, todavia, não significa nenhuma “exterioridadade” ou “alienação”. Ultrapassa-se, muito antes, a distinção entre “dentro” e “fora”. O espírito se des-interioriza em uma in-diferença, sim, no Afável.”
“La dimensión profunda del deseo de fundirse enteramente con Dios muestra una estructura narcisista.”
“Después de la comida dormir y hacerse un buey bajo las flores del melocotonero. BUSON”
“O filósofo tem de refletir sobre a morte. O cuidado com a filosofia não é senão o cuidado com a morte. O filósofo tem de morrer já em vida, antecipar em vida a morte ao desprezar o corpo e fugir dele como lugar do mal e da finitude. A morte, portanto, não é um ponto-final, uma queda ou revolução, mas sim um começo especial, um ponto de partida no qual a alma, livre do fardo do corpo, se eleva, livre como uma borboleta, para um lugar “nobre, puro e invisível”
“Também o pensamento de Heidegger abdica, como se sabe, de toda representação metafísica do fundamento no qual a pergunta pelo porquê chegaria à paz, de um fundamento de explicação [Erklärungsgrundes] ao qual se deveria remeter o ser de todo ente. Heidegger cita Silesius: “A rosa é sem porquê, ela floresce porque floresce”. Heidegger contrapõe esse sem-porquê ao “princípio de razão suficiente”: Nihil est sine ratione [nada é sem razão]. Certamente, não é fácil se demorar no sem razão ou habitar nele. Ter-se-á, afinal, que clamar por Deus? Heidegger cita novamente Silésio: “Um coração que por razão de Deus é silencioso como Ele quer, é de bom grado tocado por Ele: Ele é o seu instrumento”. Sem Deus, o coração permaneceria, então, sem “música”. Enquanto Deus não tocar, o mundo não soa. Precisa o mundo, então, de um Deus? O mundo do zen-budismo não é apenas sem “porquê”, mas também sem qualquer “música” divina. Também o haiku, caso se o escute mais atentamente, não é “musical”. Ele não tem nenhum desejo, é livre de todo clamor ou nostalgia. Assim, ele soa insípido. Essa insipidez intensiva constitui a sua profundidade.”
“Em sua interpretação do budismo, Hegel opera, de maneira problemática, com conceitos onto-teo-lógicos como substância, essência, Deus, poder, soberania e criação, que são todos inadequados para o budismo. O nada budista é tudo, menos uma “substância”. Ele não é nem “em si essente” nem [algo que] “repousa e permanece em si mesmo”. Antes, ele é, por assim dizer, em si vazio. Ele não foge à determinação para se recolher em seu interior infinito. O nada budista não se deixa determinar como aquela “força substancial” que “rege o mundo e permite que tudo se origine e venha a ser segundo uma ordenação [Zusammenhang] racional”. O nada significa, antes, que nada domina. Ele não se exterioriza como um senhor. Dele não parte nenhuma “soberania”, nenhum “poder”. Buda não representa nada. Ele não encarna a substância infinita em uma singularização individual. Hegel emaranha de maneira inadmissível o nada budista em uma relação representacional e causal. O seu pensamento, que se dirige à “substância” e ao “sujeito”, não concebe apreender o nada budista.”
“A camada profunda do desejo de se fundir com Deus aponta para uma estrutura narcisista. Na unio mystica [união mística], o ser humano se deleita com Deus. Ele se vê em Deus, se alimenta, por assim dizer, dele. O zen-budismo é livre de toda autorreferencialidade narcisista. Não haveria nada com que eu poderia me “fundir”, nenhuma contraparte divina que espelharia o meu Si. Nenhum “Deus” restitui ou reembolsa o Si. Nenhuma economia do Si anima o coração vazio. O vazio do zen-budismo nega precisamente toda forma de retorno narcisista a si. Ele des-espelha o si.”
“Para Hegel el budismo es una «religión del ser en sí». Aquí Dios se concentra en su interior. Está «cortada» la «relación con otro». En cambio, a la religión de la «fantasía» le falta esta concentración. Allí el «uno» no está en sí mismo, más bien «está sometido a un movimiento disperso».”
“O vazio como o lugar do haiku es-vazia tanto o Eu como o Isso. Assim, o haiku não é nem “pessoal” nem “impessoal”.Cheiro de rochas:Essa grama vermelhaD’água e calorBashōOs haikus não apontam, além disso, para nenhum significado oculto que devesse ser encontrado. Não há metáfora da qual se deveria retirar uma interpretação. O haiku é completamente evidente. Ele é claro em si mesmo. Não é preciso primeiramente “esclarecê-lo”.Bater do ventoFaz com que os pássarosFiquem mais brancosBusonO haiku revela inteiramente o seu “sentido”. Ele, por assim dizer, não tem nada para esconder. Ele não é voltado para dentro. Não habita nele nenhum “sentido profundo”. A ausência de “sentido profundo” constitui, justamente, a sua profundidade. Ela é correlata da ausência de interioridade da alma. A abertura clara, a amplidão desimpedida do haiku surge do coração des-interiorizado, es-vaziado, da coleção de ninguém, sem interioridade.”
“La «filosofía del budismo Zen» se alimenta de un «filosofar sobre» y «con» el budismo Zen. Tiene”
“A compaixão que surge da afabilidade arcaica não se deixa compreender a partir da “compaixão” comum. Ela se aplica, em primeiro lugar, não apenas a outros seres humanos, mas ao ente em geral. Em segundo lugar, ela não se deve à identificação ou a se “pôr no lugar do outro” [Einfühlung]. A compaixão da afabilidade não conhece aquele Eu que se compadece ou se alegra com o outro por meio de um processo de identificação. Se todo “sentimento” [Gefühl] estivesse ligado ao “sujeito”, então, a compaixão [Mitgefühl] não seria um “sentimento”. A compaixão não é um sentimento “subjetivo”, não é uma “inclinação”. Ela não é meu sentimento. Ninguém sente. A compaixão acontece com alguém. Ela é afável: “Ele [o zen-budista] se alegra e sofre como se não fosse de modo algum “ele” que se alegra e sofre. Ele se sente como na respiração: não é “ele” que respira, como se a respiração dependesse dele e do seu consentimento, mas sim ele é respirado e tem, aí, no máximo, a observação consciente”. O Com afável se deve ao vazio que é esvaziado dessa distinção entre Eu e outro. Ele não permite aquele Si que se sentiria na compaixão: “Compaixão [...] não pode promover o menor sentimento de satisfação consigo mesmo”. Aquele Com afável está enraizado em uma in-diferença [In-Differenz] ou equi-valência [Gleich-Gültigkeit]. Ele é livre tanto do ódio quanto do amor, tanto do afeto como da repulsa.”
“A meditação zen é radicalmente diferente da meditação de Descartes, que, em sua orientação pela máxima da certeza, se salva da dúvida, como se sabe, por meio da ideia de “Eu” e de “Deus”. O mestre zen Dōgen comunicaria a Descartes que ele poderia continuar com a sua meditação, avançar ainda mais com a sua dúvida e aprofundá-la ainda mais, até chegar àquela grande dúvida, até ele mesmo se tornar essa grande dúvida que despedaça inteiramente tanto o “Eu” como a ideia de “Deus”. Tendo chegado a essa grande dúvida, Descartes teria, possivelmente, clamado de alegria: neque cogito neque sum [Nem penso nem existo]: “O lugar do não pensamento não pode ser medido por nenhum conhecimento, pois na esfera do verdadeiro ser-assim [Soseins] não há nem ‘Eu’ nem ‘outro”
“O budismo não permite nenhum chamado de Deus. Ele não conhece nem a interioridade divina, na qual o chamado poderia se afundar, nem a interioridade humana, que careceria de um chamado. Ele é livre de toda pulsão pelo chamado. É estranho a ele aquele “impulso imediato”, aquela “nostalgia”, aquele “instinto do espírito” que demandaria a concreção ou a concentração de Deus “na figura de um ser humano efetivo” (a saber, Cristo). Na figura humana de Deus, o ser humano veria a si mesmo. Ele se sentiria em Deus. O budismo, em contrapartida, não é estruturado narcisisticamente.”
“Si encontráis a Buda, matad a Buda. [...] Entonces alcanzaréis liberación por primera vez, entonces ya no estaréis encadenados por cosas y lo penetraréis todo libremente.”
“La ausencia del «Señor» desliga el budismo de toda economia del dominio. La falta de concentración del «poder» en un nombre conduce a una ausencia de la violencia. Nadie representa un «poder».”
“Todo ha salido de la nada y todo vuelve a la nada. La nada es lo uno, el principio y el final de todo.”

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